09 fevereiro 2009

Por um pingo de Amor!




Pingo marcou para sempre, porque foi o primeiro cãozinho abandonado que tiramos das ruas. Ele cruzou nosso caminho muito por acaso e estava com a vida quase no fim, tamanha era sua fragilidade.

A sua magreza era tanta, que mal parava de pé. Estava lutando com um osso completamente seco. Era de porte pequeno, por isso o batizamos de Pingo.

De cor marrom claro, pêlo curto, estava com uma coleira velha e imunda. Seu olhar era um pedido de ajuda. A impressão que se tinha era de que ele devia estar preso numa corrente, e sem receber comida ou atenção, havia fugido.

Este cão não iria agüentar mais do que uma semana ainda nas ruas sem comida. Demos-lhe água e comida no mesmo local onde o encontramos, perto de uma escola no Bairro Ponta Aguda.

Os alunos desta escola, ao verem nosso gesto, começaram a rir e zombar. Intrigados, nos questionaram do porque de dar-lhe comida, se ele era “apenas um cão?” Aproveitamos a oportunidade para fazer um discurso sobre a posse responsável de animais. Alguns, comovidos, aproximaram-se para afagar a cabeça do cãozinho e saber mais sobre o assunto.

Pingo, após comer, deitou-se na calçada, e esperamos ele descansar um pouco, enquanto doutrinávamos os alunos que ali permaneciam. Aproveitando a coleira de Pingo, engatamos uma guia e o levamos a pé, para uma clínica que localizava-se próxima ao local. Ele não ofereceu resistência e nos acompanhou sem hesitar. Na clínica, primeiramente ficou durante 40 dias recuperando o peso. Após, foi castrado, vacinado e colocada sua foto no site da APRABLU. Pingo foi adotado e ganhou de irmã uma Rotwailler.