11 março 2009

Eu odeio gaiolas



Gaiolas aprisionam vidas que não escolheram entrar ali. O homem egoísta, prende vidas indefesas para comercializá-las. Quem comercializa vidas, trata-as como coisas, pois coisas sim são para comprar e vender. A que ponto chegaram os Pets Shops com inúmeras gaiolinhas, "aquários vitrine", com cãezinhos ali expostos.

Deveria ser criada uma lei que proíba o funcionamento destas "fábricas de cães e gatos". Os criadores, verdadeiros mercenários, põem suas matrizes para reproduzir, não respeitando nem o intervalo de um cio, visando somente o lucro, dinheiro, dinheiro, sem se importar com o bem estar das mesmas, nem com o destino incerto dos filhotes vendidos.

O cachorro preso em uma gaiola não se importa se sua raça continua a existir ou não. O único que se importa com isso é o explorador que é o que lucra. Aproveintando este nicho de mercado, já existem vários especialistas em gaiolas vitrine de todos os tipos e tamanhos. As piores são do modelo aquário, que são super abafadas.

Por que o comércio de animais domésticos é permitido ao passo que o de animais silvestres é proibido?

Colocar estes animais em vitrines também promove a compra por impulso, que gera muitos abandonos, depois que a pessoa que se encantou com o cãozinho bebê, descobre que ele late e precisa fazer suas necessidades, e também cresce.

Recentemente, o assunto de animais vendidos em pet shops, sendo os cães as principais vítimas dessa indústria sinistra, têm ganhado notoriedade, a medida que a verdade suja sobre a criação de animais tem vindo a tona.

Nos Estados Unidos a Humane Society tem uma campanha permanente sobre o tema e até mesmo a mega apresentadora de TV Oprah Winfrey dedicou ao assunto um episódio do seu show com 40 milhões de espectadores.

Em um mundo com uma população excessiva de cães, é realmente um mistério porque isso é permitido pelas administrações públicas que no final tem que fazer o trabalho de recolhimento do excesso que a criação artificial necessariamente causa. Esses criadores são as origens de uma grande parte dos animais cujo destino trágico os leva ao CCZ Centro de Controle de Zoonoses.

Segundo a perspectiva abolicionista dos direitos animais, o direito de um cão de não ser vendido é o mesmo que de uma arara raríssima, um porco em uma fazenda ou um rato de laboratório. O que importa é a sensciência, essa é o denominador comum , o critério mais importante de todos e que deveria reger nossa relação com os não humanos, independente de sua beleza, raridade e vulnerabilidade.