18 fevereiro 2009

Era uma linda “menina”



Após uma denúncia de cão atropelado, na Rua Primeiro de Janeiro, fomos até o local. O denunciante relatou por telefone, que era de uma empresa de transporte de cargas, e que havia dois dias, escutavam os ganidos de um cão, vindo do mato atrás da propriedade.

Naquele dia, o animal tinha conseguido chegar até eles, que o recolheram e colocaram num depósito, porém devido ao choro do cão, estava atrapalhando. Lá chegando, fomos até o depósito e nos deparamos com uma cadela, de cor marrom, tamanho médio, com o olhar suplicante, pedindo ajuda e alívio para sua dor.

Ela estava com a pata direita da frente quebrada, muito inchada com quatro vezes mais da espessura normal. Desde as costas até a barriga havia uma grande laceração aberta, porém não era recente. Com o maior cuidado possível, pegamos ela no colo, para levar até o carro e ir para alguma clínica veterinária.

Na clínica, foi constatado que a fratura e as feridas tinham acontecido já havia pelo menos um mês, devido as características apresentadas. Logo lhe foi ministrado remédios para dor e antiinflamatórios e a perna foi engessada. Nunca esqueceremos do olhar de Pati, como a batizamos, e como pode ser verificado em sua fotografia. Um olhar que nos fazia o coração ser transpassado por uma lâmina de angústia e tristeza. Pati foi atropelada e ficou num processo de dor intensa por todo este tempo, sem que ninguém se dispusesse a ajudá-la. Ela era nova, nunca havia pro
criado. Pati, após recuperar-se completamente, também conseguiu ser adotada por uma família muito especial, que lhe proporciona amor e todos os cuidados